Coalizão
Entre meu dia, agora me apego, e parece que ela se foi
embora, como se fosse uma alvorada, sentimentos de oportunidade perdida.
Pode ser que eu ainda nem chegue
a ser completamente o que seria, chegou sem nem aparecer num sono, a cobrança
de muitas musas, quem sabe um descuido, um rumo, um aprendizado sobre desejar
um "eu te amo".
O coagular do vinho no copo, pode ser que eu confunda
um minuto
com um descuido de toda uma história.
Na coalescência de meu fim, passei a ser rápido em desejar melhoras, um amor em
produção, captado por versos que ainda me esperam
num café de amanhã.
Se sou melodia, sou melodramático, uma canção que quer
se beijar em parques, um sonho alucinógeno de chuva e casais
numa cobertura.
Sou cobiçoso, e mesmo sabendo
que me escolhem duas metades, eu ainda me perco no profissionalismo estudantil,
um aprendizado que demora a se esquecer.
Talvez eu seja um cobrador de bons almoços, perdendo-me
em objetivos que se espalham, cobrindo corações.
Menino louco e apaixonado, sabendo que há disponíveis níveis de mulheres
perfeitas para um "felizes para sempre".
Coça-se a cabeleira, cocção de quem observa a natureza
a moldar realidades sustentáveis.
Que tenhamos beleza na finalização.
E sou inútil...
Vozes! Pelo menos me falem
para onde ela foi! Prometo, quando estiver solto, não irei atrás dela, mesmo
que perca estrelas e vitórias.
Vamos cochichar sobre cocheiros e cocheiras, a tarde
ainda não terminou.
As cócegas jamais impedirão
que a cena se refaça, que um leve gesto amoroso
fingindo um beijo escondido
continue ecoando em poesia.
Chauvinista (Chó)
Pois devo permitir Que a próxima que veio enganar-me
Tome rápido seu posto de comando. Saiba, menina, que pareces vir da caridade,
Leve a sério, Pois pessoas mudam todo objetivo de vida.
Cuide do cocuruto, Sei que me faça feliz Com cenas de
teatro Que encaixo em formas de comentários. Veja bem, Sou um bom homem do
sertão, No estado quente aprendi a comportar-me, Num cocoricó ao amanhecer, Num
canto que se repete: cocorocó!
Se apareço, abaixe-se de cócoras Para sua própria
perfeição. Na cogitação de erros, Inúmeras chances de talvez, De
aproximadamente, De eu querer ter, De eu talvez tocar em você.
Deve ser exatamente isso: errar. Ou errar em escolher
outra No lugar de quem me deixa e quer me conhecer. Ou apenas sentir que existe
um senso, Um sentido que guardo, cognoscível.
Nem venha dizer que sou esquecido, Se gostas de
fazer-se esquecida. Meu coeficiente de coerência me faz Escutar outras vozes,
maiores talvez, Numa biblioteca cheia de ecos.
Talvez deixe-me acabar gastando tudo O que
obrigatoriamente Venha me escolher!
Menina de um sonho mentiroso, Cognome sem nome. Irei expor-me ao seu controle, A sua beleza corporal. E talvez jamais a veja de novo, Entre mulheres de espírito aventureiro, De chilrear de pássaros, Construindo casas Onde deixemos de pensar que viemos de um poleiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário